quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Posso começar outra vez?

Esse blog conseguiu a proeza de me tirar do sério. Logo eu que não gosto de perder o jeito na frente dos outros. Se bem que não tem ninguém por aqui, mas mesmo assim me deixa mal. É como se essa tela me vigiasse com os mesmo olhos da minha mãe ao vistoriar minhas coisas antes de eu ir pra escola. Cabelo, ok. Tira esse batom, troca esse sapato e pode ir. Sim, General materno!
Meu primeiro dia na alálise foi tão confuso que não consigo me lembrar de nada. É como um porre, daqueles homéricos, onde a gente não faz idéia do que aprontou no dia seguinte. Lembro de ter começado a conversa tentando me definir mas foi impossível. Eu sou várias mas também posso ser nenhuma. Sou várias quando acredito em Deus e no Diabo e sou nenhuma pro Bruno, por exemplo. E eu não vou explicar quem é o Bruno por enquanto. É cedo demais pra tocar nesse assunto.
Eu fui criada pra ser sozinha. Antes de entrar pra escola, minha convivência se resumia a pai, mão, irmãos e, de 15 rm 15 dias, vovó. Aprendi que devia me virar sozinha. Sabe-se lá quantos tubos de shampoo gastei tentando aprender a tomar banho, quando blusar amassei tentando me vestir e minha mãe sõ olhando de longe, sem dar a mínima pros meus olhares de súplica. Te vira, garota! Deu trabalho, mas aprendi. E ainda tinham os conselhos: nunca dependa de ninguém, ganhe e gaste o TEU dinheiro, use o TEU cartão, etc, etc. Segundo diziam, Dona Martha estava preparando uma mulher independente. Já os colegas de trabalho acham que ela conseguiu foi colocar mais uma solteirona no mundo.
Mesmo com essas aulas de auto-suficiência, consegui ser mais mulher que muitas por aí. Aprendi a cozinhar assim como aprendia a vestir e tomar banho, sozinha, queimando o dedo e quase incendiando a casa. Sempre usei as noites solitárias de sábado e os preguiçosos domingos pra fazer faxina e deixar tudo brilhando. Ainda aprendi a bordar, mas não curto muito. Quer coisa mais brega que bordar enxoval? Aliás, pra que enxoval se eu não pretendo casar? Quer dizer, até pretendo, mas não do jeito dos outros. Ai, melhor parar. Casamento merece um post exclusivo. Isso se não me der na louca de começar tudo outra vez.

Abraços.
Ass: Feia

Nenhum comentário:

Postar um comentário